domingo, 25 de setembro de 2011

Nasa: poderosa chuva de meteoros pode atingir a Terra em 2011


18 de junho de 2010  12h42




A Nasa - agência espacial americana - começou a avaliar os riscos para satélites e naves espaciais em órbita da Terra, como a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), devido a uma poderosa chuva de meteoros que deve atingir o planeta em 8 de outubro de 2011. O fenômeno ocorre no outono do hemisfério norte, vai durar sete horas e deverá ser especialmente violento.


A Nasa pode, inclusive, redirecionar a ISS. William Cooke, do Marshall Space Flight Center (Huntsville, Alabama), ligado à agência espacial, disse que os especialistas preveem uma grande chuva e esperam um pico de várias centenas de meteoros por hora.


Duas outras chuvas fortes ocorreram em 1985 e 1998, mas não causaram problemas nos satélites e naves em órbita. Desta vez, a probabilidade de problemas também não é alta. No entanto, Cooke diz que a prevenção é importante e que a próxima tempestade não deve ser ignorada.


Segundo Cooke, a ISS tem um escudo contra as rochas do espaço e, se necessário, pode ser redirecionada. O mesmo se aplica ao telescópio Hubble. O cientista incentiva programadores a determinar se é necessário preparar estratégias de defesa. "Se um meteoro esporádico atinge você, é má sorte. Se isso ocorre durante uma chuva de meteoros, é negligência", diz o cientista.

sábado, 24 de setembro de 2011

Partículas superam velocidade da luz


Por Reuters

• Sexta-feira, 23 de setembro de 2011 - 08h41


Genebra - Uma equipe internacional de cientistas disse na quinta-feira que registrou partículas subatômicas deslocando-se a velocidades superiores às da luz, o que pode colocar em xeque as respeitadas teorias de Albert Einstein sobre as leis do universo.
Antonio Ereditato, porta-voz dos pesquisadores, disse à Reuters que as medições realizadas ao longo de três anos mostraram que neutrinos expelidos pelo laboratório Cern, nos arredores de Genebra, viajaram até Gran Sasso, na Itália, em um tempo 60 nanossegundos inferior ao que a luz demoraria.
"Temos alta confiança nos nossos resultados. Checamos e rechecamos para ver se algo poderia ter distorcido nossas medições, mas não encontramos nada", disse. "Agora queremos que colegas chequem de forma independente."
A Teoria Especial (ou Restrita) da Relatividade, proposta em 1905 por Einstein, diz que a velocidade da luz é uma "constante cósmica", e que nada no universo pode viajar mais rapidamente do que ela.
Esse pressuposto, que resistiu a mais de um século de testes, é um dos elementos-chaves do chamado Modelo Padrão da física, que tenta descrever a forma como o universo e todo o seu conteúdo funcionam.
A descoberta, totalmente inesperada, surgiu de um trabalho conjunto do laboratório de pesquisa de partículas Cern, na Suíça, com o Laboratório Gran Sasso, na região central da Itália.
Um total de 15 mil feixes de neutrinos -- minúsculas partículas que permeiam o cosmo -- foram disparados ao longo dos três anos no trajeto de 730 quilômetros que separa os dois laboratórios, até serem capturados por detectores gigantes.
A luz teria percorrido essa distância em 2,4 milésimos de segundo, mas os neutrinos se adiantaram em 60 bilionésimos de segundo.
"É uma diferença minúscula", disse Ereditato, que também trabalha na Universidade de Berna, "mas conceitualmente é incrivelmente importante. A descoberta é tão impressionante que, por enquanto, todos devem ficar muito prudentes."
Ele não quis especular sobre o significado da descoberta caso as mensurações sejam confirmadas por outros cientistas, que serão oficialmente informados dos resultados em uma reunião na sexta-feira no Cern.
"Não quero pensar nas implicações. Somos cientistas e trabalhamos com o que sabemos", disse.
Grande parte da literatura de ficção científica se baseia na ideia de que, se a velocidade da luz pudesse ser superada, viagens no tempo se tornariam teoricamente possíveis.
A existência do neutrino, que tem uma massa ínfima e surge pela desintegração radiativa ou por reações nucleares como as ocorridas no Sol, foi confirmada em 1934, mas ainda intriga os cientistas.
Ele pode passar sem ser detectado e sem ser afetado pela maior parte dos tipos de matéria, mesmo a longas distâncias. Milhões deles atravessam o organismo humano diariamente, segundo cientistas.